Tuesday, November 07, 2006
A Veneza do Norte
A Veneza do Norte: foi esta a minha paragem num domingo de passeio.
Depois de algumas direccoes menos conseguidas [estes belgas sao um pouquito totos!!!], la apareceu o sinal a indicar "24 km". Claro que 5 min depois apareceu outro a dizer "desvio"...
Nisto estes gajos sao mestres. Nao tenho GPS [ainda...], mas acho que neste caso nao me teria valido de muito. So se fosse daqueles como dizia uma vez o Nuno Markl, com sotaque brasileiro: 'agora "viri" a "djireita"... nao, a "ouutra djireita"... faca inversao "dji" marcha, "istupido"...
Enfim, nada que uma boa dose de paciencia e "ijpiritu" lusitano de desenrasca nao tenham resolvido. Ao chegar, nao havia indicacoes para o 'Centro', apenas 'Parking' [ao menos isso...]. Nenhum parque de estacionamento podia ser mais caro que o de Amesterdao, por isso arrisquei e entrei no "buraco" que parecia a entrada lateral de um edificio abandonado, prestes a implodir, onde apenas a cancela e a tabela de precos pareciam ter sido actualizadas recentemente...
Desde que se pague, pode-se ter tudo: ate uma visao mediaval do estacionamento subterraneo para automoveis modernos!
O.K., nao era assim tao mau, e afinal de contas estava no "Centro", mas digamos que nao era o tipo de sitio onde gostasse de passar mais que o necessario para ir do carro a superficie.
Mas perguntam vocemesses [ou sera vossemeces? ou vocemeces... Chica ("chissa"), onde esta um bom dicionario de Portugues quando se precisa dele?]
Mas perguntam: que raio de "Centro" e este? "Veneza do Norte"? "Ai o camandro..." [pronto, esta ultima era escusada, eu sei...].
Rapazes e Raparigas [politicamente incorrecto, nao interessa...], TODA a gente sabe que so ha uma e UMA SO Veneza do Norte...
Ainda nao adivinharam?
Incultos! Ja parece daquela vez que pensaram que o Colombo era uma cidade que eu tinha visitado [so porque eu falei num "centro cosmopolita"...].
Brugge, meus amigos, Brugge!...
Com os seus canais espalhados por toda a cidade, ruas estreitas, lagos artificiais e catedrais de campanarios altaneiros. A primeira vista e logo de se lhe tirar o chapeu [a nao ser que esteja a chover, o que felizmente nao era o caso], ao primeiro olhar que se lanca ("lansa") a imponente "Markt Square": simplesmente lindo!
Atravessando a praca ("prassa"... argh!) redescubro as sensacoes da visita a Florenca [ou nao combinasse com uma viajem a "verdadeira" Veneza], nao tanto pela arquitectura dos edificios mas pela riqueza do conjunto em si, pela beleza e imponencia de cada recanto, tanto quanto a vista alcanca.
Primeira paragem [depois do almoco, claro!!!]: aBelfry Tower. Domina nao so a praca, mas toda a paisagem da cidade. Data do sec. XV e tem mais de 80 metros de altura. E obra!
O edificio envolvente inclui um pateo interior, que reforca a sensacao de recuo no tempo quando nele se entra e olha para o topo da "torre do relogio".
Saindo pela "porta das traseiras", podia-se pensar que se volta a normalidade.. mas pelo contrario! Entra-se num mundo de ruas estreitas e edificios antigos, que explicam a pouco e pouco o porque desta cidade ser considerada "patrimonio da humanidade". 5 estrelas.
Percorrendo as ruelas continua-se uma viagem pelos sec. XV-XV!-XVII entre igrejas e portadas antigas. O pouco (mas algum) comercio "aberto" ao domingo da alguma vida as ruas, que este people pode ser "toto" nas indicacoes do transito, mas nao e parvo no fazer negocio e aproveitar as coisas boas da vida... Mas sem demasiada confusao. Principalmente turistas e locais que passeiam pelo simples prazer de percorrer as mesmas ruas.
Uma esquina, e outra praca. Outra igreja. Um antigo hospital transformado em museu e esplanadas. E depois a igreja de "Nossa Senhora", onde pontifica uma famosa estatua de Miguel Angelo [o escultor, nao o musico... felizmente os Delfins nao fizeram nenhuma versao do "color azul" em flamengo, senao eramos tao odiados pelos belgas como somos pelos holandeses desde o ultimo mundial de futebol!].
E finalmente, a oportunidade que esperava: um cais de partida de visitas de barco pelos canais!Ouvi dizer que as interompem durante o Inverno e grande parte do Outono por causa do frio [e nao me espantava pela possibilidade de a agua gelar, tao "amena" anda a temperatura por estes lados...]. Por isso aproveitei e segui para a fila [sim, que eu nao utilizo vocabulario "menos correcto", isto e um Blog decente...], comprei o bilhete e esperei o barco.
Tempo para umas fotos "by the water" com o Sol a mostrar vontade de se por. ["rasteirinho... rasteirinho e..." frio, neste caso! Quem nao percebeu, tambem nao interessa].
Mas o melhor ainda estava para vir: com o cair da noite, e o passar das horas, entrei numa pastelaria/casa de cha/restaurante, e saboriei um belo chocolate quente a acompanhar o que de mais tipico tem os belgas: um waffle coberto com chocolate! Saboroso! Lekker!
Sim Vitor, podia estar a falar de uma bela cerveja belga, mas isso fica para dias mais quentes...
;)
De regresso ao ponto de partida, a torre do relogio mostrava-se ainda mais bonita que antes, iluminado a praca e a cidade na noite.
Abracos e Beijinhos,
C.C. - The Flying Expat
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